Matéria original/imagem: Atricon

O Tribunal de Contas da União (TCU) promoveu, na sexta-feira (6/10), a 7ª edição do Fórum Nacional de Controle. O encontro, coordenado pelo ministro do TCU Augusto Nardes, teve como tema “Conectando fiscalizações, governança e sustentabilidade”. O fórum foi criado para integrar as instituições de controle externo e interno das três esferas da federação e de todos os poderes.

O ministro Augusto Nardes destacou que o objetivo do fórum é divulgar e disseminar boas práticas nas organizações. “Precisamos aproveitar essa capacidade de transversalidade e sincronizar com o resto do Brasil. A governança tem que ter essa capacidade de disseminar as teses e fazer com que os tribunais de contas façam a sua parte. Temos que pensar grande, pensar na nação”, afirmou. O fórum também busca desenvolver atividades de capacitação conjuntas, promover ações de controle integradas, entre outros.

O primeiro painel discutiu os desafios estratégicos e aspectos regulatórios da inteligência artificial e desenvolvimento sustentável. O debate foi moderado pelo vice-presidente do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), Edmar Camata. Participaram o coordenador-geral do MapBiomas, Tasso Azevedo, a assessora técnica Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Tatiana Camarão e o assessor do Conselho Diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, Lucas Borges.

O coordenador do MapBiomas apresentou o caso da organização como exemplo do uso de inteligência artificial no cenário das mudanças climáticas. O MapBiomas é uma rede colaborativa que mapeia o uso de terras no Brasil e elabora relatórios para cada evento de desmatamento detectado. “A partir de inteligência artificial é possível gerar classificações de usos da terra. Isso permite que os diferentes grupos trabalhem na mesma plataforma para produzir dados coletivamente, relativos a todos os biomas brasileiros. Esse mecanismo permitiu chegar em níveis de acurácia de 90% dos mapas”, explicou Tasso Azevedo. As informações ficam disponíveis publicamente e atualmente 300 instituições públicas e privadas estão cadastradas na plataforma.

No debate sobre o papel do Estado no uso da inteligência artificial, o assessor do Conselho Diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, Lucas Borges, destacou as políticas públicas de inovação para ajudar no desenvolvimento de IAs. Também enfatizou a responsabilidade sobre a regulação, para que os sistemas sejam utilizados num ambiente seguro e de confiança. Tatiana Camarão trouxe a essa discussão o caso do TJMG, que implementou uma plataforma própria específica para contratação de startups de inovação.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress