Inúmeras foram as transformações pelas quais os Tribunais de Contas passaram nos últimos anos. A pandemia da Covid-19 foi um período que marcou ainda mais essas mudanças e demonstrou que a atuação preventiva e eficiente das Cortes de Contas salientou o protagonismo e trouxe um novo paradigma ao Controle Externo que, diariamente, busca trabalhar pela fiscalização e transparência da máquina pública e, assim, promover resultados ainda mais precisos para a sociedade.

Com o avanço da pandemia de Covid-19 e após a implementação de medidas sanitárias, os auditores de controle externo tiveram que readequar suas ações de fiscalização em relação às atividades da administração pública e pensar nos próximos passos que dariam no futuro. Esses desafios também impostos por uma governança em transformação, que está imersa em uma era de revolução digital e avanços tecnológicos, bem como em um cenário de crises políticas, econômicas e sociais, acaba implicando consideravelmente em um redirecionamento estratégico do trabalho inerente ao controle externo dos Tribunais de Contas.

O fato é que, neste novo ambiente, os auditores de controle externo têm engendrado esforços acerca de respostas aos desafios que lhes são impostos, já pensando na adoção de novas técnicas e metodologias de fiscalização dos recursos públicos para os próximos anos, principalmente, no tocante ao combate à corrupção com mais agilidade e eficiência. Além desse incremento na auditoria de prestação de contas da administração pública, em conformidade com o que determina a lei, o controle externo deverá estar ainda mais preparado para aderir ao uso da inteligência artificial em processos de fiscalização, através de códigos-fonte, algoritmos e disponibilização de dados que dizem respeito às decisões das gestões públicas sobre orçamentos.

Por fim, a partir de agora e já cogitando o que vem pela frente, os auditores de controle externo deverão ter à disposição de seus serviços as tendências tecnológicas e métodos de análise qualitativa avançados, além de reforçar constantemente a importância da inovação para o Poder Público, bem como a troca de experiências e conhecimentos entre a gestão pública e comunidades acadêmicas, para que haja uma parceria estratégica entre esses setores, que busque o desenvolvimento profissional dos servidores dos Tribunais de Contas e permita o aperfeiçoamento orgânico da utilização dos recursos públicos fiscalizados.

 

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