O último dia do VII Congresso Nacional da Conacate – O Brasil que Queremos encerrou com êxito ao apresentar o painel “A importância da representação do serviço público nas casas legislativas”, que teve como palestrantes o ex-ministro do Trabalho, das Comunicações e da Previdência Social, Ricardo Berzoini, e o consultor político e parlamentar do Diap, André Santos.
O primeiro a discursar foi Ricardo Berzoini que, logo de início falou sobre a naturalização da ruptura constitucional que tem se observado nos últimos anos no Brasil. O palestrante explicou que a Constituição nasceu com todas as contradições da época em que estava inserida e baseando em uma sociedade em fase de reorganização política, mas, o fato é que este documento deve ser respeitado e protegido por todos. “Hoje, eu creio que a nossa Constituição já foi demasiadamente violentada, pois são várias as emendas que são contrárias ao texto original e nós temos o desafio de reestabilizar o país”, afirmou.
Berzoini ainda aproveitou o evento para discursar a respeito da representação parlamentar que, segundo ele, tem como objetivo trazer a voz de segmentos além da voz da população para embates políticos. Para o palestrante, é preciso uma organização das entidades para ajudar a eleger pessoas comprometidas com o país, sejam servidores ou não, pois isso é fundamental para defender o Estado Democrático de Direito.
Na sequência, André Santos trouxe o tema da necessidade de apoio às candidaturas convergentes com os anseios da sociedade em relação ao serviço público e pontuou que o primeiro desafio do presidente eleito em outubro será o controle da agenda no Congresso Nacional, além da gestão orçamentária, que terá de ser retomada pelo Poder Executivo, bem como as articulações políticas.
O convidado ressaltou que é preciso a eleição parlamentares que tenham abertura para o diálogo, além da ampliação sobre a questão de aliados na relação partidária e buscar por candidatos que estejam alinhados às ideias da sociedade e do serviço público, para a retomada de politicas públicas buscando, assim, reconstruir o Estado numa perspectiva mais avançada para o bem-estar da sociedade.